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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Crianças também podem ser cruéis diante da diferença.

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A Peste da Janice

Gênero: Ficção
Subgênero: Drama, Infanto-juvenil
Diretor: Rafael Figueiredo
Elenco: Fernanda Maurici, Gabriela Iablonovski, Juliana Borges Rocha, Micaela Rocha, Yarsin Tedesco
Duração: 15 min     Ano: 2007     Bitola: 35mm
País: Brasil     Local de Produção: BA
Cor: Colorido
Sinopse: Início do ano letivo. Janice, filha da faxineira, é a nova aluna da escola.

terça-feira, 12 de junho de 2012

TER OU NÃO TER NAMORADO, EIS A QUESTÃO

 Artur da Távola

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o
gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um
envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas,
medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem
namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar
sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz
pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho
escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue
de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico
Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a
meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô,
bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta
abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar
do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro
dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não
tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai
com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton
Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica
livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu
bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem
curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o
gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou
meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem
ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem
namorado quem confunde solidão com ficar sozinho. Não tem namorado quem
não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você
vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve,
aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.

Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções
de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de
si mesmo e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua
janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de
fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu
descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho
necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.

ENLOU-CRESÇA. 

Artur da Távola, Amor a sim mesmo (Não digitei errado; o trocadilho está mesmo no título.) A edição é uma coletânea das crônicas de Távola. Editora Círculo do livro

sábado, 12 de maio de 2012

CARTAS DA MÃE


Cartas da mãe é uma crônica sobre o Brasil dos últimos 30 anos contada através das cartas que o cartunista Henfil (1944/1988) escreveu para sua mãe, Dona Maria. Estas cartas, publicadas em livros e jornais, são lidas pelo ator e diretor Antônio Abujamra enquanto desfilam imagens do Brasil contemporâneo. Política, cultura, amigos e amor são alguns dos temas que elas evocam, criando um diálogo entre o passado recente do Brasil e nossa situação atual. Artistas, políticos e amigos de Henfil, entre eles o atual Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o escritor Luis Fernando Veríssimo, os cartunistas Angeli e Laerte e o jornalista Zuenir Ventura, falam sobre a trajetória do cartunista dos anos da ditadura militar até sua morte. Animações inéditas de seus cartuns complementam o documentário.

Clique no link para assistir: http://portacurtas.com.br/curtanaescola/pop_160.asp?cod=1554&Exib=2575#

terça-feira, 24 de abril de 2012

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

sábado, 26 de novembro de 2011

CINECLUBE ANTÔNIO CARLOS MARTINS GARCIA

APRESENTA


DIA: 26/11/2011
HORÁRIO: 14H
LOCAL: AUDITÓRIO DO CEM12 DE CEILÂNDIA
QNP 13, ÁREA ESPECIAL S/N, CEILÂNDIA NORTE - DF

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Rap, o canto de Ceilândia de Adirley Queirós


O CINECLUBE ANTÔNIO CARLOS MARTINS GARCIA

APRESENTA:

Em Brasília, 1971, é instituída a CEI - Campanha de Erradicação de Invasões. Quatro rappers da cidade, mais de 30 anos depois, discutem esse acontecimento.

Venham conferir!